segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Halloween


O Halloween tá chegando. Eu ainda tenho que arrumar uma fantasia e uma festa!!!
Mas não gostaria de comprar uma coisa pronta ($$$). Acho que essa semana vou ter que visitar uma das lojas de produtos para o halloween que tem aqui no meu bairro, e ver se a inspiração vem.

Impressionante como esses gringos gostam dessa festa. Em uma esquina aqui do meu bairro, com distância menor do que 30m uma da outra são 3 lojas de halloween. E a quantidade de opções de fantasias e decorações não está no gibi.

domingo, 24 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

inspiração


Algo me diz que esse fim de semana vai ser de muita inspiração

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Se nada mudar



ps: se tiver ruim de ver a imagem:  http://toryardvaark.files.wordpress.com/2010/03/ipcc-scenario1.jpg

A fonte é o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) grupo organizado pela ONU, com centenas de cientistas do mundo todo e o propósito de avaliar os efeitos da mudança climática. Na figura acima está o pior cenário considerado por eles: nenhuma ação é tomada para reduzir as emissões de carbono (business as usual). O cenário mais brando que eles consideram é parada total nas emissões, e mesmo nesse caso ainda teríamos alguns anos de consequências negativas antes que o quadro seja revertido.

Esses resultados vêm do último relatório, no qual eles afirmam ter mais de 90% de confiança que as mudanças na temperatura global no último século foram causadas por ação humana. 

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

The Big Bang Theory 2

Um tempo atrás eu publiquei algumas frases do seriado BBT.



Tratando de forma tão próxima com questões da ciência, os autores dos episódios da série contam com uma ajudinha externa para manter os fatos e piadas cientificas o mais corretas possível. Quem tem essa função é David Saltzberg, um professor do departamento de física da UCLA. Esse é o blog no qual ele comenta um pouco do que é dito em cada episódio. Foi de lá que tirei a idéia da publicação de ontem, embora o conteúdo não fosse novidade.

Li numa entrevista que às vezes ele leva um gard student pra assistir a gravação dos episódios. Tô pensando em ir bater na porta dele qualquer hora dessas.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Insetos Gigantes


Imagina um lugar onde os insetos fossem gigantes. Formigas com 2 metros de altura e mosquitos com envergadura de asa de 4 metros, ou algo assim. Apavorante.

Tá bom, essa idéia não tem nada de original, e vários livros e filmes já trataram dela. Mas quem já olhou um inseto de perto, com uma lupa potente, não pode deixar de imaginar quão assustador seria se eles não fossem tão pequenos. Muita gente morre de medo deles, mesmo com seu tamanho reduzido.

Mas porque as formigas gigantes da Amazônia não são os maiores predadores da terra, pesando algumas toneladas e aterrorizando quem se aventura por aquelas áreas?  Algumas questões estruturais atrapalham.

Se pegássemos uma formiga de cozinha e a colocássemos em uma maquina de aumento, que a fizesse crescer mantendo todas as proporções, a criatura resultante seria um monstro e tanto. Mas certamente esse bicho não seria o grande predador da floresta, uma vez que suas pernas colapsariam sobre o peso do seu corpo. Vejam bem, se a formiga original medisse 2cm e nosso projeto de monstro 2m, todas as suas dimensões seriam aumentas em 100 vezes. Então suas patas seriam 100 vezes mais longas e teriam uma área 100^2=10000 vezes maior. Assumindo que elas tivessem a mesma composição, seriam capazes de suportar algo da ordem de grandeza de 10000 o peso que as formigas pequenas suportam (uma aproximação muito grosseira). Por outro  lado o volume do corpo seria 100^3=1000000 vezes maior, assim como o peso... muito mais que as patas gigantes suportariam.

Como essa relação se mantém para qualquer animal que escolhamos, simplesmente aumentar o tamanho do nosso inseto preferido não é a receita para a criação do monstro. Mas com tantas inovações na manipulação genética, em que até ratos com neurônios psicodélicos já foram criados, poderíamos adaptar um pouco o projeto básico do inseto, mudando um pouco as proporções, para viabilizar o gigante. Mas ai, esbarraríamos em outra barreira: o ar.

Faz parte do plano fundamental dos insetos a falta de pulmões. Eles respiram por uma séria de tubos ao longo do corpo que levam o ar até a proximidade dos tecidos, onde a troca de gases acontece por simples difusão. E essa é uma barreira mais fundamental, pois a mesma questão da relação superfície/volume explorada na questão do peso, exigiria um número enorme desses tubos para que todas as células tivessem oxigenação adequada. Tão grande que praticamente não sobraria espaço para mais nada dentro do inseto.  

Assim, para viabilizar o inseto gigante, não seria suficiente alterar suas proporções... teríamos que mudar aspectos do design fundamental desses bichos. Assim, se alguém pretende usar engenharia genética pra criar um monstro, pelo menos não poderá usar os insetos como modelo.


Durmam sossegados, pois nenhum mosquito de 4m virá nos atacar durante a noite.

sábado, 9 de outubro de 2010

Why Liberals and Atheists Are More Intelligent.

Antes que alguém me ataque, não sou eu que estou dizendo.

Ontem eu estava no meu office no campus, imprimindo uma pilha de artigos para ler no final de semana. Quando fui pegar meus papeis, reparei que do lado da impressora tinha um paper que alguém deixou lá: "Why Liberals and Atheists Are More Intelligent".
Não preciso nem dizer que o artigo me chamou a atenção.

Ele argumenta que pessoas mais inteligentes tendem a serem liberais (no sentido americano = esquerda), ateus e monogâmicos (só para os homens, já que para mulheres inteligência não afeta esse traço).

Acho muito engraçado, pra começo de conversa, que alguém possa afirmar isso com tanta veemência. Mas, no tal artigo, o cara faz alguma análise estatística com algum modelo de regressão e dois bancos de dados diferentes, e chega à dita conclusão. Devo confessar que não tive paciência de ler com cuidado a análise do cara pra ver se era furada ou não. Se alguém estiver interessado, essa é a referência:

Kanazawa et al. Why Liberals and Atheists Are More Intelligent. Social Psychology Quarterly, 2010; DOI: 10.1177/0190272510361602

O interessante é a parte em que ele tenta explicar evolutivamente o porquê desses "fatos". Aparentemente existe toda uma corrente de pensamento que defende que a inteligência teria sido selecionada na evolução como um modo de resolver problemas novos, raros, e/ou inesperados. Novos em relação ao ambiente onde se deu a maior parte da evolução da espécie humana: savanas.

Para os problemas comuns naquela época, nós teríamos reações instintivas de como reagir. Isso serve para a obtenção de comida, relações de família e amigos. Mas para coisas raras como um raio que incendeia a floresta, uma enchente que só acontece de 100 em 100 anos, queda de meteoro, ou uma visita de ET's, a habilidade de resolver problemas novos é importante. Tudo bem que a visita dos ET's é tão rara que dificilmente selecionará nos seres humanos as habilidades necessárias para lidar com isso. Mas, se todos esses eventos, individualmente raros, combinados acontecerem com frequência suficiente, pessoas com capacidade acima da média para resolver problemas novos terão sucesso evolutivo.

Ele parte dessa noção de inteligência como uma capacidade de, diante de novidades evolutivas, tomar decisões diferentes daquelas tidas como melhores em uma condição ancestral para explicar a afirmação do título. Mas para mim é ai que ele se perde um pouco. Os caminhos são um pouco tortuosos: A escolha do liberalismo, por exemplo, estaria ligada ao "novo conceito" de se preocupar com pessoas desconhecidas, e não só parentes de sangue e contatos próximos. E o gosto masculino pela monogamia seria uma forma que lidar com os "novos tempos", em contraste com boa parte da história evolutiva humana, em que teríamos sido levemente poligâmicos. Para as mulheres isso faria pouca diferença pois elas sempre tiveram apenas um marido, não que isso impeça as puladas de cerca.

O que dizer disso tudo?
Por mais que eu goste do tipo de argumentação evolutiva, sempre saio com a sensação de que isto não é sério. Que, sendo verdade ou não, toma a forma de historinha que se conta para criança. Mesmo que a gente assuma que a análise estatística do cara esteja certa, a linha de pensamento usada para a explicação tem um pouco de teoria por trás e um monte de especulação.

Deixo claro aqui que sou feroz defensora da teoria da evolução. E tem vários resultados concretos em diversos campos da biologia que a corroboram. Mas quando temos que explicar esses grandes acontecimentos, e principalmente coisas ligadas a traços de comportamento, muitas vezes os argumentos ficam um pouco frouxos. (Algo que sem dúvida, aos poucos vai sendo melhorado)

Mas vai dizer que a explicação para a evolução da inteligência não faz sentido e é bonitinha?

domingo, 3 de outubro de 2010

Saudade

Esses dias eu estava conversando com um amigo americano sobre a dificuldade de traduzir certas coisas para o inglês. E o primeiro exemplo que me veio à mente foi saudade. Sempre a tive como exemplo de palavra que só existe no português. Não sei onde ouvi isso pela primeira vez, se foi no colégio ou em alguma reportagem na TV.


Mas encontrei essa lista com palavras de difícil tradução, e "pesquisadores britânicos descobriram que Saudade é a 7a  palavra de mais difícil tradução". Como não podia deixar de ser, a fonte original é mesmo a BBC Londres.


As 10 primeiras palavras da lista eram

1. "Ilunga" (tshiluba) - uma pessoa que está disposta a perdoar quaisquer maus-tratos pela primeira vez, a tolerar o mesmo pela segunda vez, mas nunca pela terceira vez.
2. "Shlimazl" (ídiche) - uma pessoa cronicamente azarada.
3. "Radioukacz" (polonês) - pessoa que trabalhou como telegrafista para os movimentos de resistência o domínio soviético nos países da antiga Cortina de Ferro.
4. "Naa" (japonês) - palavra usada apenas em uma região do país para enfatizar declarações ou concordar com alguém.
5. "Altahmam" (árabe) - um tipo de tristeza profunda.
6. "Gezellig" (holandês) - aconchegante.
7. Saudade (português) - sentimento nostálgico, sentir falta de alguma coisa ou alguém (o significado não é consensual).
8. "Selathirupavar" (tâmil, língua falada no sul da Índia) - palavra usada para definir um certo tipo de ausência não-autorizada frente a deveres.
9. "Pochemuchka" (russo) - uma pessoa que faz perguntas demais.
10. "Klloshar" (albanês) - perdedor.


Segundo a reportagem, a dificuldade em traduzir está no contexto cultural que cerca as palavras, de forma que essas definições simples apresentadas em cima são más traduções.

Lendo isso não pude deixar pensar no guia dos curiosos (jogo e não livro). Muito parecido com o jogo de dicionário:

"Ilunga"  é:

A. Artefato indígena usado para moer grãos.
B. Deusa da Terra para os povos nativos do Sudão.
C. Pessoa preguiçosa.
E. Pessoa que está disposta a perdoar quaisquer maus-tratos pela primeira vez, a tolerar o mesmo pela segunda vez, mas nunca pela terceira vez.